Glamour Filosófico

Estamos aqui para: - restituir o glamour da filosofia. - provar que a filosofia é glamourosa [Tentamos colocar aqui uma definição de glamour, mas por restrições técnico-numéricas pedimos por favor consultar: http://www.etymonline.com/, palavra: glamour]

Friday, November 03, 2006

A decepção

Estamos vivos e nossa vida é feita de escolhas. Somos livres e por isso somos ao mesmo tempo seres morais. Isso é motivo de alegria e de tristeza, porque na medida em que podemos escolher, também devemos assumir as responsabilidades pelas nossas escolhas.

Hoje, tive um leve desespero: percebi que o que quero afeta indelevelmente aquilo que julgo ser justo. Percebi que o que me impulsiona no coração no momento, não passa de frivolidade de uma fêmea um tanto quanto em época adequada da procriação.
Afinal, o que é uma mulher? Uma fêmea, uma raposa, uma serpente?
Uma mulher é um ser livre se quiser se fazer livre. Mas é tão cômodo nos apegarmos aos valores 'justos', 'virtuosos', 'honestos'. Tão mais fácil é ter uma tábua em que nos possamos agarrar e dizer "vou por aí, conduza-me".

No momento, estou me agarrando a essa tábua. Tábua artificial para quem como eu não acredita em 'valores', para alguém como eu que acredita em 'homens', 'paixão', 'drama'. Entretanto, às vezes esses valores do céu dogmático nos permitem a preservação de nosso próprio eu.
Mas aí surge a pergunta: como vou saber se esse eu para se expandir não precisa justamente 'transgredir'?


Melhor deixar isso para depois.

Cristina Lòren

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